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1.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 3-3, jul.-set. 2023.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, CONASS, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1512137

RESUMO

INTRODUÇÃO: A incidência de ductus arteriosus patente (PCA) pode chegar a 50% em pacientes prematuros. Quando hemodinamicamente significativos, podem ser responsáveis por tempo de ventilação mecânica prolongado, além de importante fator de risco para o aparecimento de enterocolite necrotizante, hemorragia intraventricular e displasia broncopulmonar nesta população. O advento do dispositivo Amplatzer Duct Occluder II Additional Sizes (ADO II AS) (Abbot Structural Heart, Plymouth, MN) revolucionou o tratamento do PCA em pacientes prematuros com menos de 2Kg e, mais recentemente, o dispositivo Piccolotm (Abbot Structural Heart, Plymouth, MN) foi especificamente desenhado para o fechamento percutâneo de canal arterial nesta população e aprovado pelo FDA. OBJETIVO: Verificar se o fechamento percutâneo do canal arterial hemodinamicamente significativo no paciente prematuro é uma alternativa terapêutica segura, eficiente e eficaz. MÉTODOS: Trata-se de estudo prospectivo, inédito no Brasil, em andamento, que compreendeu 40 pacientes consecutivos submetidos a fechamento percutâneo de canal arterial entre 2020 e 2023 em 13 instituições no Brasil. RESULTADOS: A idade gestacional média ao nascimento foi de 28,94 semanas (desvio padrão populacional 3,12 e amostral 5,60), a idade média no momento do procedimento foi de 33,61 dias (desvio padrão populacional 16,64 e amostral 16,10) e o peso médio de 1,39 Kg (desvio padrão populacional 0,39 e amostral 0,39). Dentre eles, 84% necessitavam de ventilação mecânica e 41% tinham feito uso de, em média, 1,45 ciclos de anti-inflamatórios não esteroides. A maioria dos pacientes teve melhora dos parâmetros ventilatórios e o tempo médio de extubação foi de 13,71 dias (desvio padrão populacional 8,30 e amostral 9,71). A taxa de sucesso foi de 100%. Não houve mortalidade relacionada ao procedimento. CONCLUSÕES: O fechamento percutâneo do canal arterial é um procedimento eficaz e extremamente seguro em pacientes prematuros graves com baixíssima taxa de complicações e associado a melhora dos padrões ventilatórios. Este procedimento é uma realidade no Brasil podendo ser realizado em diversos centros do país que possuem profissionais capacitados para o tratamento percutâneo de cardiopatias congênitas em pacientes prematuros.

2.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(2B): 179-179, abr. 2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1438075

RESUMO

INTRODUÇÃO: Miocardiopatia dilatada é a principal causa de insuficiência cardíaca (IC) na faixa etária pediátrica. Caracteriza- se por dilatação e disfunção do ventrículo esquerdo (VE), podendo ser primária ou secundária, sendo a primária a principal indicação de transplante cardíaco (TX). O tratamento clínico visa o controle da IC e a bandagem do tronco pulmonar (BAP) é uma alternativa para recuperação da função sistólica, principalmente em crianças pequenas, de baixo peso, com opção restrita de doadores de órgãos. RELATO DE CASO: C.S.B., 4 meses, admitida em centro de referência com quadro de insuficiência cardíaca, raio X de tórax apresentando cardiomegalia significativa e ecocardiograma com dilatação e disfunção sistólica importante, fração de ejeção do VE de 21% (FEVE). Internada para compensação clínica com necessidade de drogas vasoativas e medicações anticongestivas, sem melhora. Devido a idade e baixo peso, optado por protocolo de BAP, como tentativa de recuperação funcional do VE. O procedimento foi realizado sem intercorrências. Mantida em UTI com esquema medicamentoso específico: lisinopril, bisoprolol e espironolactona. As principais complicações foram uso de drogas vasoativas por tempo prolongado, e dificuldade de estabilização da frequência cardíaca abaixo de 100 bpm. Evoluiu com piora clínica e ecocardiográfica, queda no padrão de "strain", na FEVE e BAP ineficiente. Submetida à nova BAP com sucesso. Diante da melhora clínica e ecocardiográfica foi possível a inclusão na lista para TX, o qual ocorreu em com êxito em janeiro de 2023. DISCUSSÃO: Os critérios propostos pelo protocolo de Giessen na Alemanha incluem: IC estágio III ou IV, menores de 6 anos, FEVE < 30% refratária ao uso de inotrópicos e função do ventrículo direito preservada, nortearam a condução do caso. A BAP tem a capacidade de deslocar o septo interventricular para a esquerda, fazendo com que o VE adquira sua morfologia normal garantindo a melhora do débito cardíaco. Tem como objetivo recuperação do VE, de maneira curativa ou como ponte para TX em pacientes cuja recuperação nutricional é primordial para melhorar as chances de se encontrar doadores.Trata-se uma alternativa cirúrgica promissora aos pacientes com IC em estágio final. A paciente apresentou melhora clínica e ganho ponderal satisfatórios, que possibilitaram o TX.


Assuntos
Humanos , Lactente
3.
São Paulo; s.n; 20221208.
Não convencional em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1442484

RESUMO

INTRODUÇÃO E/OU FUNDAMENTOS: As atresias pulmonares com septo interventricular íntegro (APSI) e as estenoses valvares pulmonares críticas (EPC) se apresentam com diferentes graus de hipertrofia e hipoplasia do ventrículo direito (VD). Quando não há hipoplasia importante desta cavidade ou circulação coronariana dependente da pressurização do VD, a valvoplastia pulmonar percutânea com cateter balão (VPPB) é o tratamento de escolha. O desenvolvimento da cavidade ventricular direita após o procedimento já foi bem descrito, mas dados funcionais evolutivos do VD após a sua descompressão, são ainda escassos. Há também poucos dados que caracterizem a deformidade miocárdica neste grupo de pacientes. MÉTODOS: Este é um estudo observacional prospectivo longitudinal com 23 pacientes portadores de EPC e APSI, submetidos a avaliação ecocardiográfica antes (PRÉ), imediatamente após (PÓS) a VPPB, e, quando possível, em um (1M), três (3M) e seis meses (6M). RESULTADOS: Após a descompressão do VD, no período estudado observamos redução significativa no escore z do volume do átrio direito (ADz) (6+-6 x 0,6+-1, p 0,007), aumento do TAPSEz (-3+-3 x -0,09+-2, p 0,04) e melhora dos valores de strain global do VD (-14+-6 x -28+-3%, p 0,015) em relação ao exame inicial. Notamos menor deformidade miocárdica nos segmentos septais e anteriores basais. Houve aumento da relação DCVD/DCVE (0,9+-0,4 x 2+-0,8, p 0,002), quando comparada ao PÓS. Observou-se redução da regurgitação tricúspide, aumento da regurgitação pulmonar e inversão do fluxo através do septo interatrial. CONCLUSÃO: A descompressão ventricular direita em pacientes portadores de APSI e EPC resultou em melhora progressiva funcional sistólica deste ventrículo, com aumento do TAPSE, do débito cardíaco e do strain global do VD. Há também sinais de melhora da função diastólica pela redução de volume do AD e inversão progressiva de fluxo no septo interatrial.


Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Lactente , Cardiopatias Congênitas/cirurgia , Estenose da Valva Pulmonar
4.
São Paulo; s.n; 20221208.
Não convencional em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1442507

RESUMO

INTRODUÇÃO: Pacientes submetidos a cirurgia de Fontan podem apresentar complicações tardias devido a congestão venosa crônica. A criação de fenestrações nos condutos sem fenestrações pode, teoricamente, atenuar a congestão venosa e melhorar as condições clínicas já que leva a aumento do débito cardíaco sistêmico a despeito de leve dessaturação. A literatura é controversa sobre a eficácia deste tipo de procedimento. OBJETIVO: Relatar nossa experiência com a criação percutânea de fenestrações usando uma nova técnica por via trans hepática. MÉTODOS: Estudo observacional de pacientes com complicações tardias de Fontan extra cardíaco não fenestrado (hepatopatia, enteropatia perdedora de proteína, ICC direita). A via transhepática foi obtida por punção percutânea usando fluoroscopia e contraste. Por dentro de uma bainha longa 8Fr uma agulha de punção transeptal foi avançada para perfuração mecânica do conduto. Stents revestidos de 5-7 mm foram usados para criação da fenestração. O ecocardiograma transesofágico (ETE) foi empregado na monitoração. O trajeto hepático foi ocluído com plugs. Anticoagulação vs antiplaquetários ficou a critério clínico. Parâmetros clínicos e laboratoriais foram aplicados no seguimento para avaliar os desfechos. RESULTADOS: Seis pacientes (mediana idade 10 anos) foram submetidos ao procedimento com sucesso e sem complicações. Três deles apresentavam sinais e sintomas de enteropatia perdedora de proteínas (EPP) e os outros ICC direita. Não foram observadas altas pressões no conduto. Um ótimo ângulo de ataque para perfuração na porção inferior do conduto foi obtido em todos os casos. Ao ETE todas as fenestrações apresentavam fluxo adequado D-E pelo stent após implante. A saturação caiu de 92 +/- 3 para 85 +/- 2%. Não houve sangramentos ou hematomas no fígado. Houve melhora clínica inicial em todos os pacientes com redução da congestão venosa. Apesar disto, não houve remissão da EPP nos 3 pacientes (apesar de melhoria laboratorial). Em um destes houve oclusão tardia do stent não sendo possível sua recanalização. CONCLUSÕES: A via trans hepática proporcionou um ótimo ângulo de ataque para criação percutânea de fenestrações com stents em condutos não fenestrados no Fontan. Esta técnica foi segura em nossas mãos, mas sua eficácia foi errática. Estudos adicionais de longo prazo são necessários para avaliar o impacto clínico da criação destas fenestrações nestes difíceis pacientes.


Assuntos
Débito Cardíaco , Técnica de Fontan
5.
São Paulo; s.n; 20221208.
Não convencional em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1442735

RESUMO

INTRODUÇÃO E/OU FUNDAMENTOS: Lactentes com Tetralogia de Fallot (T4F) podem cursar com crises hipoxêmicas a despeito da profilaxia farmacológica necessitando de intervenções para aumentar o fluxo pulmonar. A cirurgia de Blalock-Taussig-Thomas é a abordagem tradicional. Entretanto, além de mortalidade significativa, ela pode distorcer as artérias pulmonares (APu) e promover fluxo pulmonar não homogêneo. O implante de stents na via de saída do ventrículo direito (VSVD) tem sido empregado com ótimos resultados. Pouco se sabe dos desfechos deste procedimento no Brasil. OBJETIVO: Avaliar a eficácia e segurança do procedimento e seu impacto na correção total. MÉTODOS: Estudo de coorte longitudinal observacional com coleta de dados retrospectiva. População: lactentes com T4F e hipoxemia (Sat<75%) persistente ou em crises a despeito da otimização clínica. Stents coronários eluídos ou periféricos foram usados com diâmetros um pouco maiores que a VSVD. As variáveis de desfechos foram: SatO2, gradiente, valor Z das APus e peso, tempos de CEC e anóxia na correção total e tempo de UTI. Grupo controle: 24 lactentes entre 6-12 meses de idade submetidos a correção total sem paliação prévia, utilizado para comparações cirúrgicas. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Desde 2012, 11 lactentes (mediana de peso e idade: 2 meses e 4kg) foram submetidos ao procedimento. Em todos houve sucesso no implante, sem eventos adversos graves. A mediana da satO2 aumentou de 73% para 92% (p<0,001) e a do gradiente máximo caiu de 84 para 54 (p<0,001). No seguimento, 4/6 pacientes com baixo peso Z<-3.0 normalizaram a curva ponderal. Ao eco, nos 4 pacientes com APus hipoplásicas (Z<-2.0) houve normalização do diâmetro. Sete pacientes evoluíram para correção total com idade média de 8 meses. Nestes, os tempos de CEC e anóxia foram semelhantes aos do grupo controle. Excluindo um paciente do grupo da intervenção que ficou em ECMO por 7 dias após a correção, não houve diferenças em relação ao tempo de uso de drogas vasoativas, intubação e permanência na UTI. O implante de stents na VSVD em lactentes hipoxêmicos com T4F é uma modalidade paliativa segura e eficaz, que resulta em melhora da satO2, permitindo ganho de tempo para a correção total. Parece ajudar na recuperação do baixo peso e/ou hipoplasia das APus. A retirada cirúrgica do stent não impacta nos tempos cirúrgicos nem no pós-operatório. Em mãos experientes deve ser considerada a modalidade paliativa de eleição.


Assuntos
Lactente
6.
São Paulo; s.n; 20221208.
Não convencional em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1442822

RESUMO

INTRODUÇÃO E/OU FUNDAMENTOS: A disfunção ventricular esquerda após a valvoplastia pulmonar percutânea é descrita em até 35% dos neonatos e lactentes portadores de atresia pulmonar com septo interventricular íntegro (APSI) e estenose valvar pulmonar crítica (EPC). O ventrículo esquerdo (VE) e o direito (VD) estão diretamente ligados pelo septo interventricular, circundados por fibras miocárdicas comuns e dividem o mesmo saco pericárdico, tornando a função de ambos inseparavelmente ligada. O parâmetro avaliado nos poucos estudos neste grupo de pacientes é a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) e apenas um avaliou, de forma retrospectiva, a deformação miocárdica. MÉTODOS: Estudo prospectivo observacional longitudinal com 23 pacientes portadores de APSI e EPC tratados por valvoplastia pulmonar percutânea com balão (VPPB), submetidos a ecocardiogramas antes (PRÉ), em até 7 dias (PÓS), e 1 (1M), 3 (3M) e 6 meses (6M) após o procedimento. Foram analisados parâmetros de função sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo (VE), incluindo Doppler tecidual e strain miocárdico. RESULTADOS E CONCLUSÕES: RESULTADOS: 5 de 23 pacientes (21%) apresentaram FEVE reduzida no PÓS, 7 de 16 (43%) no 1M, 1/15 (6%) no 3M e 1/13 (7%) no 6M. A FEVE média nos tempos PRÉ, PÓS, 1M, 3M E 6M e a diferença estatística em relação ao tempo PRÉ foi respectivamente 71 (+-10), 60 (+-7) p 0.04, 54 (+-9) p 0,03, 59 (+-4) p 0,05 e 57 (+-6)% p 0,05. O strain global longitudinal médio do VE foi de - 17,3+-5, - 17,8+-4, - 18,5+-3, - 20,7+-2 e - 22,3+-1% respectivamente nos períodos PRÉ, PÓS, 1M, 3M e 6M (p 0,373 entre PRÉ e 6M). Houve redução da deformidade miocárdica dos segmentos septais médios e basais nos períodos iniciais, com strain médio destes segmentos - 12, - 12,3, - 14,8, - 15,5 e -16,6% respectivamente nos tempos PRÉ, PÓS, 1M, 3M E 6M. Houve aumento da velocidade s' septal (média 4 +-0,9, 3 +- 0,9, 5+-0,1, 6+-0,1 e 5+-0,08 cm/s - p 0,003), da relação E/A (0,7 +-0,1, 0,8+-0,2, 0,9+-0,4, 1+-0,2 e 1+-0,4, p 0,024) e E/e'(14+-5, 16+-3, 13+-5, 11+-3 e 9 +-3 - p 0,032), valores referentes aos respectivos tempos PRÉ, PÓS, 1M, 3M e 6M. CONCLUSÃO: A descompressão do VD nos pacientes com EPC e APSI ocasionou piora da função sistólica do VE, com disfunção em 43% deles e comprometimento do strain septal médio-basal, com recuperação completa em até 6 meses.


Assuntos
Insuficiência da Valva Pulmonar
7.
São Paulo; s.n; 20221208.
Não convencional em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1443014

RESUMO

INTRODUÇÃO: A presença de uma ampla comunicação interatrial (CIA) em pacientes com disfunção sistólica (DS) e/ou diastólica (DD) significativa do ventrículo esquerdo (VE) é pouco tolerada devido ao "shunt" maciço esquerdo-direito (E-D) pelo defeito e fluxo pulmonar torrencial. Por outro lado, o fechamento completo da CIA pode resultar em congestão veno-capilar grave, edema e hipertensão pulmonar. O fechamento parcial da CIA com uma fenestração funcionando como válvula de escape é recomendada nestes casos. OBJETIVO: Descrever uma nova técnica de fechamento percutâneo parcial da CIA. MÉTODOS: Breve relato de 3 pacientes com DS e/ou DD grave do VE com ampla CIA. O defeito foi fechado com próteses Amplatzer fenestradas com introdutores percutâneos 12F. Um guia 0.014" foi passado pela fenestração e avançado paralelamente ao cabo de liberação. Após o implante da prótese, um stent coronário foi avançado sobre o guia e liberado através da malha da prótese precedido de pré-dilatação e seguido de pós dilatação a 4-5 mm. Dupla antiagregação foi ministrada no seguimento, que constou de reavaliação clínica e ecocardiográfica. RESULTADOS E CONCLUSÕES: A idade dos 3 pacientes variou de 1 a 4 anos. Um tinha comunicação interventricular perimembranosa (CIV) com DS do VE grave após saída de CEC na cirurgia corretiva, necessitando de ECMO e descompressão atrial E. Dois eram portadores de variantes da Sd da Hipoplasia do VE com DD. Estes estavam em situação biventricular dentro de um protocolo de reabilitação escalonada do VE desde a intervenção na vida intra-uterina. O procedimento foi exitoso nos 3 pacientes resultando em melhora clínica inicial. No primeiro paciente (da CIV) utilizou-se stent regular dilatado a 4,3 mm. Após 1 ano a fenestração fechou espontaneamente não sendo possível a recanalização percutânea. Uma cirurgia com derivação do apêndice atrial E para a veia inominada foi realizada. Nos outros 2 pacientes, stents eluídos com drogas foram implantados a 5,0-5,3 mm com patência mantida no seguimento. Apesar do sucesso da técnica, 2 pacientes faleceram, um em tratamento paliativo e outro aguardando transplante. O outro está bem após 1 ano. Conclusões: A criação de uma fenestração com implante de stents através da malha da prótese de fechamento da CIA foi factível nesta experiência inicial. Stents eluídos dilatados a 5 mm parecem ter patência mais duradoura. O regime de antiagregação vs anticoagulação nestes casos deve ser mais bem elucidado com acúmulo de experiência.

8.
São Paulo; s.n; 20221208.
Não convencional em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1443023

RESUMO

INTRODUÇÃO E/OU FUNDAMENTOS: Miocardiopatia dilatada é a principal causa de insuficiência cardíaca (IC) na faixa etária pediátrica, com alta morbimortalidade. Caracterizada por dilatação e disfunção do ventrículo esquerdo (VE), sendo classificada como primária ou secundária. A primária representa a maioria dos casos e é a principal indicação de transplante cardíaco (TX). O tratamento clínico visa o controle da IC. A bandagem do tronco pulmonar (BAP) é uma alternativa para a recuperação da função sistólica, principalmente em crianças pequenas e em centros onde não há a opção do TX. RELATO DO CASO: C.S.B., 4 meses, admitida em centro de referência com quadro de sudorese, baixo ganho ponderal e cansaço aos esforços. À avaliação clínica: sinais e sintomas de IC. Raio X de tórax: cardiomegalia significativa. Ecocardiograma: dilatação e disfunção sistólica importante, com fração de ejeção do VE de 21% (FEVE). Internada para compensação clínica com necessidade de drogas vasoativas e medicações anticongestivas, sem melhora. Pela baixa idade e baixo peso, optado por protocolo de BAP, como tentativa de recuperação funcional do VE. O procedimento foi realizado sem intercorrências. Mantida em UTI com esquema medicamentoso específico: Lisinopril, Bisoprolol e Espironolactona. As principais complicações foram a necessidade de drogas vasoativas por tempo prolongado, e dificuldade de estabilização da frequência cardíaca abaixo de 100 bpm. Evoluiu com piora clínica e ecocardiográfica, queda no padrão de "strain", na FEVE e BAP ineficiente. Submetida à nova BAP com sucesso, evoluiu com melhora clínica e ecocardiográfica progressiva. CONCLUSÕES: BAP é uma alternativa cirúrgica promissora aos pacientes com IC em estágio final, que teriam como única opção o TX. Os critérios propostos pelo protocolo de Giessen na Alemanha incluem a IC estágio III ou IV, menores de 6 anos, FEVE < 30% refratária ao uso de inotrópicos e função do ventrículo direito preservada. A BAP tem a capacidade de deslocar o septo interventricular para a esquerda, fazendo com que o VE adquira sua forma morfológica normal garantindo a melhora do débito cardíaco. A BAP tem como objetivo recuperação do VE, de maneira curativa ou como ponte para TX em pacientes cuja recuperação nutricional é primordial para melhorar as chances de se encontrar doadores. A paciente apresentou melhora clínica e ganho ponderal satisfatórios, segue com disfunção sistólica do VE, mas sem prejuízo clínico.

9.
São Paulo; s.n; 20221208.
Não convencional em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1443036

RESUMO

INTRODUÇÃO: Pacientes submetidos a cirurgias de reconstrução da via de saída do ventrículo direito (VSVD) com retalhos transanulares evoluem com insuficiência pulmonar (IPu) total que é deletéria ao VD em longo prazo. Do ponto de vista anatômico, estes casos são desafiadores para revalvularização percutânea porque as valvas balão-expansíveis disponíveis atualmente possuem diâmetro e comprimento limitados para ancoragem segura na VSVD alargada. OBJETIVO: Relatar a experiência multicêntrica mundial com a nova valva auto-expansível Venus. O objetivo primário foi uma composição da factibilidade de implante, eficácia e segurança. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo observacional de pacientes selecionados com cardiopatias congênitas submetidos a cirurgias de reconstrução da VSVD com retalhos transanulares e IPu grave. Critérios de inclusão e exclusão foram determinados por protocolo pré-estabelecido baseado em dados clínicos e anátomo-funcionais obtidos por ecocardiografia, ressonância (RM) e tomografia. O implante valvar seguiu a padrões técnicos pré-determinados. O seguimento constou de ecocardiografia (6, 12 meses e anual) e ressonância magnética (6 meses). Os desfechos foram avaliados por comitê independente. RESULTADOS: Setenta e nove pacientes foram estudados em 10 centros mundiais, com 5 do Brasil. A idade e o peso médio foram 26,3 ± 13,3 anos e 59,6 ± 15,8 kgs. O implante foi exitoso em todos os casos com mais de 80% recebendo próteses > 30 mm. Não houve mortalidade imediata nem tardia em um seguimento de até 2 anos. Todos evoluíram sem ou com IPu mínima e ausência de gradientes na VSVD. Houve queda da mediana dos volumes diastólico e sistólico do VD de 157 para 116 e 84 para 61 ml/m2 na RM (p<0.001). Houve 4 eventos adversos tardios considerados graves: endocardite (n=1), formação de trombos (n=2) e taquicardia ventricular (n=1), todos manejados clinicamente sem necessidade de explante. Foram observadas fraturas na malha de nitinol em 14% dos pacientes sem consequências clínicas. Houve melhora significativa da classe funcional em todos os pacientes. CONCLUSÕES: A revalvularização da VSVD alargada com retalhos transanulares com a nova valva Venus foi factível, segura e eficaz em seguimento de médio prazo. A homogeneidade dos desfechos nos diversos centros mostra a reprodutibilidade da técnica. Este estudo resultou na aprovação do CE Mark em abril/2022 e a ANVISA deverá aprovar seu uso clínico no Brasil em 2023.

10.
Arq Bras Cardiol ; 119(3): 460-467, 2022 09.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-36074378

RESUMO

BACKGROUND: The presence of patent ductus arteriosus can be as high as 50% in preterm babies. Hemodynamically significant patent ductus arteriosus is a common cause of delayed weaning of respiratory support and an important risk factor of necrotizing enterocolitis, intraventricular hemorrhage, and bronchopulmonary dysplasia in this population. OBJECTIVE: The aim of this study is to describe an initial experience of percutaneous closure of the ductus arteriosus in preterm infants weighing less than 2 kg. METHODS: This was a prospective study, comprised of 14 consecutive patients submitted to percutaneous closure of ductus arteriosus between March 2020 and February 2021 in 6 institutions in Brazil. RESULTS: Mean gestational age was 28.45±3.14 weeks, mean age at the procedure was 38.85±17.35 days and mean weight was 1.41 ±0.41 kg; 79% of the patients were under mechanical ventilation, and 79% had been submitted, on average, to a 1.5 cycle of non-steroidal anti-inflammatory drugs. Most patients were weaned off of mechanical ventilation in a mean of 12.6 ±7.24 days after the procedure. Success rate was 100%. No procedure-related mortality was observed. CONCLUSION: This study concluded that percutaneous closure of ductus arteriosus in premature babies below 2 kg has satisfactory results and a low complication rate in this study sample.


FUNDAMENTO: A incidência de ductus arteriosus patente (PCA) pode chegar a 50% em pacientes prematuros. Quando hemodinamicamente significativo, pode ser responsável por tempo de ventilação mecânica prolongado, além de importante fator de risco para o aparecimento de enterocolite necrotizante, hemorragia intraventricular e displasia broncopulmonar nessa população. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é descrever a experiência inicial do fechamento percutâneo de canal arterial em prematuros pesando menos de 2 kg. MÉTODOS: Trata-se de estudo prospectivo que compreendeu 14 pacientes consecutivos submetidos a fechamento percutâneo de canal arterial de março de 2020 a fevereiro de 2021 em 6 instituições no Brasil. RESULTADOS: A idade gestacional média ao nascimento foi de 28,45 ±3,14 semanas, a idade média no momento do procedimento foi de 38,85 ±17,35 dias e o peso médio de 1,41±0,41 kg. Dentre os prematuros, 79% necessitavam de ventilação mecânica e 79% tinham feito uso de, em média, 1,5 ciclos de anti-inflamatórios não esteroides. A maioria dos pacientes teve melhora dos parâmetros ventilatórios e o tempo médio de extubação foi de 12,6 ±7,24 dias. A taxa de sucesso foi de 100%. Não houve mortalidade relacionada ao procedimento. CONCLUSÃO: Este estudo concluiu que o fechamento percutâneo do canal arterial em prematuros é uma realidade no Brasil, com resultados satisfatórios e baixa taxa de complicações.


Assuntos
Permeabilidade do Canal Arterial , Canal Arterial , Brasil/epidemiologia , Permeabilidade do Canal Arterial/cirurgia , Humanos , Ibuprofeno , Lactente , Recém-Nascido , Recém-Nascido Prematuro , Estudos Prospectivos
11.
Arq. bras. cardiol ; 119(3): 460-467, set. 2022. ilus, tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS, CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1403349

RESUMO

FUNDAMENTO: A incidência de ductus arteriosus patente (PCA) pode chegar a 50% em pacientes prematuros. Quando hemodinamicamente significativo, pode ser responsável por tempo de ventilação mecânica prolongado, além de importante fator de risco para o aparecimento de enterocolite necrotizante, hemorragia intraventricular e displasia broncopulmonar nessa população. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é descrever a experiência inicial do fechamento percutâneo de canal arterial em prematuros pesando menos de 2 kg. MÉTODOS: Trata-se de estudo prospectivo que compreendeu 14 pacientes consecutivos submetidos a fechamento percutâneo de canal arterial de março de 2020 a fevereiro de 2021 em 6 instituições no Brasil. RESULTADOS: A idade gestacional média ao nascimento foi de 28,45 ±3,14 semanas, a idade média no momento do procedimento foi de 38,85 ±17,35 dias e o peso médio de 1,41±0,41 kg. Dentre os prematuros, 79% necessitavam de ventilação mecânica e 79% tinham feito uso de, em média, 1,5 ciclos de anti-inflamatórios não esteroides. A maioria dos pacientes teve melhora dos parâmetros ventilatórios e o tempo médio de extubação foi de 12,6 ±7,24 dias. A taxa de sucesso foi de 100%. Não houve mortalidade relacionada ao procedimento. CONCLUSÃO: Este estudo concluiu que o fechamento percutâneo do canal arterial em prematuros é uma realidade no Brasil, com resultados satisfatórios e baixa taxa de complicações.


BACKGROUND: The presence of patent ductus arteriosus can be as high as 50% in preterm babies. Hemodynamically significant patent ductus arteriosus is a common cause of delayed weaning of respiratory support and an important risk factor of necrotizing enterocolitis, intraventricular hemorrhage, and bronchopulmonary dysplasia in this population. OBJECTIVE: The aim of this study is to describe an initial experience of percutaneous closure of the ductus arteriosus in preterm infants weighing less than 2 kg. METHODS: This was a prospective study, comprised of 14 consecutive patients submitted to percutaneous closure of ductus arteriosus between March 2020 and February 2021 in 6 institutions in Brazil. RESULTS: Mean gestational age was 28.45±3.14 weeks, mean age at the procedure was 38.85±17.35 days and mean weight was 1.41 ±0.41 kg; 79% of the patients were under mechanical ventilation, and 79% had been submitted, on average, to a 1.5 cycle of non-steroidal anti-inflammatory drugs. Most patients were weaned off of mechanical ventilation in a mean of 12.6 ±7.24 days after the procedure. Success rate was 100%. No procedure-related mortality was observed. CONCLUSION: This study concluded that percutaneous closure of ductus arteriosus in premature babies below 2 kg has satisfactory results and a low complication rate in this study sample.


Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Canal Arterial , Cardiopatias Congênitas , Neonatologia , Recém-Nascido , Recém-Nascido Prematuro , Cateterismo
12.
Arq. bras. cardiol ; 119(2 supl.3): 11-11, ago,2022.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1402264

RESUMO

FUNDAMENTO: A incidência de ductus arteriosus patente (PCA) pode chegar a 50% em pacientes prematuros. Quando hemodinamicamente significativos, podem ser responsáveis por tempo de ventilação mecânica prolongado, além de importante fator de risco para o aparecimento de enterocolite necrotizante, hemorragia intraventricular e displasia broncopulmonar nesta população. O advento do dispositivo Amplatzer Duct Occluder II Additional Sizes (ADO II AS) (Abbot Structural Heart, Plymouth, MN) revolucionou o tratamento do PCA em pacientes prematuros com menos de 2Kg e, mais recentemente, o dispositivo Piccolotm (Abbot Structural Heart, Plymouth, MN) foi especificamente desenhado para o fechamento percutâneo de canal arterial nesta população e aprovado pelo FDA. OBJETIVO: Descrever a experiência inicial no Brasil do fechamento percutâneo do canal arterial em pacientes prematuros. Delineamento e MÉTODOS: Trata-se de estudo prospectivo, inédito no Brasil, em andamento, que compreendeu 36 pacientes consecutivos submetidos a fechamento percutâneo de canal arterial de março de 2020 a maio de 2022 em 13 instituições no Brasil. RESULTADOS: A idade gestacional média ao nascimento foi de 29,12 semanas (desvio padrão populacional 3,15 e amostral 5,79), a idade média no momento do procedimento foi de 33,50 dias (desvio padrão populacional 15,15 e amostral 15,36) e o peso médio de 1,41Kg (desvio padrão populacional 0,40 e amostral 0,40). Dentre eles, 84% necessitavam de ventilação mecânica e 41% tinham feito uso de, em média, 1,45 ciclos de anti-inflamatórios não esteroides. A maioria dos pacientes teve melhora dos parâmetros ventilatórios e o tempo médio de extubação foi de 14,23 dias (desvio padrão populacional 8,64 e amostral 9,97). A taxa de sucesso foi de 100%. Não houve mortalidade relacionada ao procedimento. CONCLUSÃO: O fechamento percutâneo do canal arterial é um procedimento eficaz e extremamente seguro em pacientes prematuros graves com baixíssima taxa de complicações e associado a melhora dos padrões ventilatórios. Este procedimento é uma realidade no Brasil podendo ser realizado em diversos centros do país que possuem profissionais capacitados para o tratamento percutâneo de cardiopatias congênitas em pacientes prematuros.


Assuntos
Recém-Nascido Prematuro , Permeabilidade do Canal Arterial , Cardiopatias Congênitas , Canal Arterial
13.
Arq. bras. cardiol ; 113(1 supl.2): 7-7, jul., 2019.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1015679

RESUMO

INTRODUÇÃO: O restabelecimento da função valvar pulmonar com implante percutâneo de próteses atualmente é realizado somente nos pacientes portadores de biopróteses, condutos ou homoenxertos posicionados na via de saída do VD. Próteses dedicadas para tratos de saída nativo estão sendo estudadas e implantadas com sucesso em diversos centros mundiais. OBJETIVOS: Apresentar a experiência inicial do implante percutâneo da VENUS-P Valve® em trato de saída nativo pulmonar. Materiais e métodos: A prótese VENUS-P Valve® (Venus Medtech, Shanghai) é um stent autoexpansível com uma valva de pericárdio porcino. Os pacientes são avaliados com ecocardiografia transtorácica, angiotomografia, ressonância magnética e cateterismo cardíaco. São critérios de inclusão a presença de regurgitação pulmonar importante, com volumes diastólicos do VD>130 ml/m2, sem estenoses na VSVD ou ramos pulmonares e trato de saída com no máximo 35 mm de diâmetro após insuflação de cateter-balão medidor. O ecotranstorácico é o método padrão de escolha da prótese. Os pacientes realizaram ecocardiografia transtorácica e avaliação clínica 24 horas e 30 dias após os procedimentos. RESULTADOS: Quatro pacientes (3 homens) foram submetidos ao implante percutâneo das valvas pulmonares. O peso e idade médio foi de 62,2 kg e 25,8 anos. A via de saída teve 30 mm em média e a prótese utilizada apresentou diâmetro médio de 32 mm. Três próteses tinham 25 mm de comprimento e a última 30 mm. Houve sucesso no implante de todos os dispositivos com restabelecimento imediato da função valvar pulmonar. Uma prótese foi considerada em posição mais baixa no trato de saída porém sem interferência em estruturas cardíacas. Ao ecocardiograma de controle todos os dispositivos encontravam-se sem refluxo significativo, com fluxo preservado para as artérias pulmonares bilaterais e sem complicações relacionadas. Não houve complicações ou óbitos relacionados aos procedimentos. CONCLUSÕES: O restabelecimento da função valvar pulmonar em pacientes com trato de saída nativo com o implante percutâneo da VENUS-P Valve® mostrou-se uma excelente alternativa nesta experiência inicial. Os procedimentos são factíveis e seguros. Por tratar-se de experiência inicial, acreditamos que um maior número de implantes e análise dos resultados tardios devem ser realizadas para incorporação definitiva destes dispositivos neste grupo selecionado de pacientes. (AU)


Assuntos
Humanos , Próteses e Implantes , Substituição da Valva Aórtica Transcateter
14.
In. Sousa, Amanda Guerra Moraes Rego; Timerman, Ari; Sousa, José Eduardo Moraes Rego. Tratado sobre doença arterial coronária. São Paulo, Atheneu, 2017. p.113-30, ilus.
Monografia em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1084765
15.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 24(1-4): 53-58, jan.-dez. 2016.
Artigo em Português | LILACS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-879031

RESUMO

O implante transcateter da valva pulmonar (ITVP) evoluiu significativamente desde sua introdução, no início dos anos 2000. Atualmente, esta técnica é uma opção segura e eficaz para o tratamento das disfunções valvares graves (estenose e/ou insuficiência) em biopróteses ou condutos cirúrgicos em posição pulmonar, em vários centros do mundo. No Brasil, os resultados iniciais com este procedimento em centros de referência foram similares àqueles observados na experiência global. O ITVP tem se demonstrado factível, seguro e eficaz em mãos treinadas na nossa realidade. Porém, antes da aplicação disseminada desta técnica em outros centros em nosso país, houve a necessidade de se estabelecerem alguns critérios para a seleção do paciente, a técnica de implante e o seguimento clínico, assim como para o treinamento e o credenciamento de novos operadores e centros. As orientações aqui descritas foram determinadas por um grupo de especialistas com experiência renomada em cardiopatias congênitas e ITVP, tendo sido encaminhadas ao Conselho Federal de Medicina (CFM). Representantes das diferentes sociedades médicas foram envolvidas na preparação deste documento, incluindo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Invasiva (SBHCI) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV). Acreditamos que a rígida aderência às recomendações listadas neste documento oficial seja crucial para a segurança do paciente e para que ótimos resultados sejam alcançados imediatamente e a longo prazo. Uma vez consolidado em nosso meio, o ITVP abrirá caminho para a introdução de novas terapias valvares em cardiopatias congênitas


Transcatheter pulmonary valve implantation (TPVI) has evolved significantly since its introduction in the early 2000s. Currently, this technique is a safe and effective option for the treatment of severe valve dysfunction (stenosis and/or regurgitation) in bioprostheses or surgical conduits in pulmonary position, in several centers worldwide. In Brazil, the initial results with this procedure in reference centers were similar to those observed in the overall experience. TPVI was proven to be feasible, safe, and effective in trained hands in Brazil. However, prior to the widespread application of this technique to other centers in this country, it was necessary to establish some criteria for patient selection, implantation technique, and clinical follow-up, as well as for the training and accreditation of new interventionists and centers. The guidelines described here were determined by a group of experts with well-known experience in congenital heart disease and TPVI, and were referred to the Conselho Federal de Medicina (CFM, portuguese for Federal Council of Medicine). Representatives of the different medical societies were involved in the creation of this document, including the Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC, portuguese for Brazilian Society of Cardiology), the Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Invasiva (SBHCI, portuguese for Brazilian Society of Hemodynamics and Invasive Cardiology), and the Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV, portuguese for Brazilian Society of Cardiovascular Surgery). The authors believe that strict adherence to the recommendations contained in this official document is crucial for patient safety and for optimal results to be achieved in both the short and long term. Once consolidated in Brazil, TPVI will open doors for the introduction of new valve therapies in congenital cardiopathies


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Próteses e Implantes , Valva Pulmonar , Brasil , Protocolos Clínicos/normas , Acreditação de Instituições de Saúde , Diretrizes para o Planejamento em Saúde , Artéria Pulmonar , Insuficiência da Valva Pulmonar/terapia , Estenose da Valva Pulmonar/terapia , Bioprótese , Ecocardiografia/métodos , Cateterismo Cardíaco/métodos , Cardiopatias Congênitas , Ventrículos do Coração/cirurgia
16.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 22(2): 168-179, Apr-Jun/2014. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, Sec. Est. Saúde SP | ID: lil-722239

RESUMO

Introdução: A persistência do canal arterial (PCA) é uma cardiopatia congênita relativamente comum e as alternativas para o tratamento de canais > 2,5 mm são a cirurgia ou a oclusão percutânea com próteses do tipo rolha. Essas últimas, apesar de consideradas o método de escolha, não estão previstas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nosso objetivo foi comparar a razão de custo-efetividade incremental (RCEI) de ambas as estratégias. Métodos: Revisão sistemática em relação a desfechos clínicos e criação de modelo de decisão para avaliação da RCEI do Amplatzer® Duct Occluder (ADO) em comparação ao tratamento cirúrgico, para o fechamento da PCA. Os custos para ambos os métodos foram aqueles reembolsados pelo SUS em 2010, e o custo do conjunto (dispositivo + materiais de apoio) foi estimado em R$ 10.000,00. Foi considerado como limiar uma disposição para pagar equivalente a três vezes o Produto Interno Bruto brasileiro, resultando em R$ 57.000,00 por ano de vida salvo. Resultados: As duas técnicas foram seguras e eficazes, com menor morbidade e tempo de internação no fechamento percutâneo. A expectativa de vida ajustada foi similar nos dois grupos, sendo um pouco melhor para o ADO. O custo total foi calculado em R$ 8.507,00 para cirurgia e em R$ 11.000,00 para o ADO. A RCEI foi calculada em R$ 71.380,00 por ano de vida ganho. Uma análise de limiar demonstrou que a redução do valor do conjunto completo do ADO em R$ 492,65 traria a RCEI para o limiar aceitável para incorporação ao SUS nos dias de hoje. Conclusões: O tratamento percutâneo apresentou morbidade e tempo de internação menores, além de efetividade incremental semelhante àquela do tratamento cirúrgico. Com os...


Background: Patent ductus arteriosus (PDA) is a relatively common congenital heart disease and the alternatives for the treatment of PDA > 2.5 mm are surgery or percutaneous occlusion with plugs. The latter, although considered the method of choice, are not provided by the Brazilian National Health System (Sistema Único de Saúde - SUS). Our objective was to compare the incremental cost-effectiveness ratio (ICER) of both strategies. Methods: Systematic review of clinical outcomes and development of a decision-making algorithm to evaluate the ICER of AmplatzerTM Duct Occluder (ADO) vs. surgical treatment for the closure of PDA. Costs for both methods were calculated based on the reimbursement figures paid by the SUS in 2010 and the cost of the percutaneous kit (device + support materials) was estimated at R$ 10,000.00. We used as a threshold the willingness to pay the equivalent of three times the Brazilian Gross Domestic Product, i.e., R$ 57,000.00 per year of life saved. Results: Both techniques were safe and effective with less morbidity and shorter hospitalization time for percutaneous closure. Adjusted life expectancy was similar in both groups, and slightly better for the ADO group. Total cost was calculated as R$ 8,507 for surgery and R$ 11,000.00 for ADO. ICER was calculated as R$ 71,380.00 per year of life saved. A threshold analysis showed that a reduction of R$ 492.65 in the cost of the ADO kit would reduce the ICER to an acceptable value for the incorporation of this technology by the SUS. Conclusions: Percutaneous occlusion was associated with less morbidity and shorter hospital stay with similar incremental effectiveness when compared to the surgical treatment. With the direct costs used in this study and considering that the entire population with PDA is treated with the ADO, percutaneous occlusion was less cost-effective. However, a slight reduction in the costs of the percutaneous kit would result...


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Cardiopatias Congênitas/fisiopatologia , Criança , Permeabilidade do Canal Arterial/cirurgia , Permeabilidade do Canal Arterial/diagnóstico , Próteses e Implantes , Análise Custo-Benefício , Canal Arterial/lesões , Procedimentos Cirúrgicos Operatórios/economia , Procedimentos Cirúrgicos Operatórios/mortalidade , Sistema Único de Saúde/normas
17.
In. Timerman, Ari; Sousa, Amanda Guerra de Moraes Rego; Fragata Filho, Abilio Augusto; Armaganijan, Dikran; Bertolami, Marcelo Chiara; Meneghelo, Romeu Sergio. Condutas terapêuticas do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. São Paulo, Atheneu, 2 ed; 2014. p.415-429, ilus.
Monografia em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1082036
18.
Artigo em Inglês | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1061904

RESUMO

Objectives: To evaluate the feasibility, safety, and efficacy of implantation of the newNit Occlud ASD-RVR (NOASD-R) device for percutaneous closure of ostium secundumatrial septal defects (ASD-OS). Background: Device catheter implantation has becomethe method of choice for most patients with ASD-OS. No single device has proven tobe ideal for this type of procedure. The NOASD-R has a distinct design that may helpto overcome limitations of other devices. Methods: A prospective, single arm, observationalstudy including all consecutive patients receiving the NOASD-R device forASD-OS closure between October 2011 and September 2013 was performed. Patientselection, device design, deployment technique, complications, and procedural outcomeswere evaluated. Results: Seventy-four patients underwent attempted transcatheterASD-OS closure using the NOASD-R device. Implantation of the occluder wassuccessful in 73 patients (98.6%). The majority of patients were female (79.5%) with amedian age of 17.2 years (range: 2–74). A 2-D transthoracic color-Doppler echocardiogram(TTE) obtained at the 3 or 6 month follow-up visit showed complete occlusion ofthe ASD-OS in 72/73 patients (98.6%). At a mean follow-up interval of 11.466.8 monthsthere have been no episodes of late device embolization, cardiac perforation or erosion,endocarditis, thromboembolism, wire fracture, embolic neurologic events, ordeath. Conclusions: We report the first worldwide clinical experience using theNOASD-R device for ASD-OS closure. The procedure was feasible, with a high rate ofsuccessful implantations, and safe. High ASD-OS closure rates and no complicationswere encountered during short-term follow-up.


Assuntos
Anormalidades Congênitas , Defeitos dos Septos Cardíacos , Dilatação
19.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 21(2): 165-175, abr.-jun. 2013. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-681951

RESUMO

INTRODUÇÃO: A experiência com o fechamento percutâneo da comunicação interatrial (CIA) em crianças pequenas é limitada. Avaliamos a factibilidade, a segurança e a eficácia desse procedimento em crianças com peso < 20 kg. MÉTODOS: Estudo descritivo observacional de uma coorte de crianças < 20 kg submetidas a tratamento percutâneo. Pacientes com dilatação ventricular direita e sintomas evidentes foram incluídos. Implantamos próteses aprovadas pela ANVISA, sob monitorização ecocardiográfica transesofágica. Os pacientes foram avaliados 1 mês, 3 meses, 6 meses e 12 meses após. RESULTADOS: Entre outubro de 1997 e maio de 2012, 80 pacientes foram tratados. As medianas de idade e peso foram de 4 anos (1-12) e 13,5 kg (5-20), respectivamente, 20 pacientes apresentavam alguma síndrome genética (25%) e 4 pacientes (5%) apresentavam CIA adicional. Somente um paciente necessitou duas próteses. Dois pacientes tinham defeitos associados, os quais foram tratados no mesmo procedimento (estenose pulmonar valvar e fístula arteriovenosa). Um paciente desenvolveu bloqueio atrioventricular total durante o implante da prótese, resolvido espontaneamente 36 horas após a remoção da prótese, sem necessidade de implante de marca-passo. Esse paciente foi tratado percutaneamente 6 meses após com sucesso, sem complicações. Setenta e nove pacientes receberam alta hospitalar em até 24 horas após o procedimento. Fluxo residual discreto (1-2 mm) foi observado em 5% dos casos antes da alta. Após 6 meses de seguimento, não foi detectado fluxo residual. Não houve complicações tardias no seguimento. CONCLUSÕES: O fechamento percutâneo da CIA em crianças pequenas selecionadas e sintomáticas é uma alternativa tera­pêutica factível, segura e eficaz, devendo ser a primeira opção para seu tratamento.


BACKGROUND: The experience with percutaneous closure of atrial septal defect (ASD) in infants is limited. We sought to determine the feasibility, safety and efficacy of this procedure in children weighing < 20 kg. METHODS: Observational study of a cohort of children weighing < 20 kg undergoing percutaneous closure. Patients with right ventricular enlargement and evident symptoms were included. ANVISA approved devices were implanted under transesophageal echocardiography monitoring. Patients were evaluated 1, 3, 6 and 12 months after the procedure. RESULTS: Eighty patients were treated between October 1997 and May 2012. Median age and weight were 4 years (1-12) and 13.5 kg (5-20), respectively, 20 patients had a genetic syndrome (25%) and 4 patients (5%) had an additional ASD. Only one patient required 2 devices. Two patients had associated defects that were treated in the same procedure (pulmonary valve stenosis and arteriovenous fistula). One patient developed total atrioventricular block during device implantation, solved spontaneously 36 hours after device removal, with no need for pacemaker implantation. This patient was successfully treated percutaneously 6 months later without complications. Seventy-nine patients were discharged within 24 hours after the procedure. A mild residual shunt (1-2 mm) was observed in 5% of the cases before discharge. There was no residual shunt 6 months after the procedure. There were no complications in the late follow-up. CONCLUSIONS: Percutaneous ASD closure in selected symptomatic infants is a feasible, safe and effective alternative and should be the first option therapy.


Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Criança , Comunicação Interatrial/cirurgia , Próteses e Implantes , Cardiopatias Congênitas/cirurgia , Cardiopatias Congênitas/fisiopatologia , Fatores de Risco
20.
Arq Bras Cardiol ; 100(4): 347-54, 2013 Apr.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-23681209

RESUMO

BACKGROUND: There is a scarcity of data comparing percutaneous and surgical closure of the secundum atrial septal defect (ASD). OBJECTIVES: Assessment of safety and efficacy of both methods of treatment in a referral center affiliated with the Ministry of Health. METHODS: Observational, prospective, non-randomized study of two cohorts of children and adolescents younger than 14 years, treated by catheterization or surgery. Data was collected prospectively in the percutaneous group (A) and retrospectively in the surgical group (B). RESULTS: A total of 75 patients (pts) were enrolled in group A from April 2009 to October 2011 and 105 pts were treated in group B from January 2006 to January 2011. Age was older and weight was higher in group B and the ASD diameter was similar in both groups. Technical success was achieved in all procedures and there were no deaths. Complications (most minor) occurred in 68% of group B and 4% of A (p < 0.001). Rates of total occlusion or non-significant residual shunts were similar in both groups. Median hospitalization time was 1.2 days in group A and 8.4 days in group B (p < 0.001). CONCLUSION: Both treatment modalities are safe and effective, showing excellent outcomes. However, the percutaneous treatment has lower morbidity and shorter in-hospital stay length. These observations support the concept that percutaneous treatment of atrial septal defects should be regarded as the method of choice to manage selected patients with this condition.


Assuntos
Comunicação Interatrial/cirurgia , Adolescente , Cateterismo Cardíaco/efeitos adversos , Cateterismo Cardíaco/métodos , Procedimentos Cirúrgicos Cardiovasculares/efeitos adversos , Procedimentos Cirúrgicos Cardiovasculares/métodos , Criança , Métodos Epidemiológicos , Feminino , Humanos , Tempo de Internação/estatística & dados numéricos , Masculino , Implantação de Prótese/efeitos adversos , Implantação de Prótese/métodos , Resultado do Tratamento
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
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